É
comum do ser humano buscar relacionamentos. Os interesses são os mais variados.
Podem ser políticos, sociais, sentimentais, etc. Mas uma característica em
comum nos relacionamentos é que buscamos algo que possa suprir uma necessidade
ou uma carência.
O dicionário Priberam, um dos mais
acessados da internet, define o termo
relacionamento como sendo, entre
outras coisas, “estabelecer relação ou analogia entre”. Também define o
termo analogia como sendo: “relação
de semelhança entre objetos diferentes” e “investigação da causa das
semelhanças”.
Não
é de admirar que, de acordo com estas definições, busquemos manter
relacionamentos com aquilo que admiramos e desejamos. É normal do ser humano se
espelhar em algo, ou alguém e desejar ser como ele é.
Quando
penso em relacionamentos, me lembro de um jogo para computador chamado “The
Sims”. É um jogo que tem como objetivo imitar a vida de uma pessoa normal,
suprindo as suas necessidades mais básicas como comida, higiene, limpeza do
ambiente, trabalho, descanso e relacionamentos. Esses objetivos são medidos por
barrinhas de energia que indicam as necessidades do jogador de acordo com o
momento. Essa pessoa do jogo vive mais e melhor quando suas necessidades ou
interesses são supridos por completo. Mas se estas expectativas não são
alcançadas durante muito tempo, o jogador corre o risco de ver seu jogo se
acabar, pois a pessoa no jogo morre. Game Over!
Assim
como o jogo, alguns dos nossos interesses podem variar de acordo com o nível de
relacionamento. Por exemplo, o relacionamento entre namorados. No começo vem a
admiração, depois o desejo de estar perto, depois a paixão, depois o amor.
Estes interesses de relacionamento são diferentes de pai para filho, por
exemplo. Que por sua vez são diferentes entre irmãos e assim vai.
Por
outro lado, assim como uma moeda, o relacionamento possui duas faces: o dar e o
receber. Ao mesmo tempo em que desejamos nos relacionar e suprir as nossas
necessidades, o inverso também acontece. É necessário suprirmos as necessidades
de relacionamento do outro.
Um
sentimento muito comum e perigoso e que muitas vezes é cultivado sem que
percebamos é o egoísmo. Algumas pessoas entendem que o relacionamento possui
somente um lado da moeda e seus relacionamentos existem somente para suprir as
suas expectativas ou necessidades.
Outro
sentimento bastante comum é a barganha. Tipo uma troca: só dou se eu receber
primeiro. Isso vale pra tudo: carinho, atenção, cuidado, amor, etc. São
relacionamentos instáveis, que tendem a ruir na primeira tempestade.
Diante disto, podemos começar a nos perguntar:
qual o meu interesse em minhas relações familiares e com Deus? Eu tenho
procurado suprir as expectativas daqueles com quem me relaciono?
Estas
perguntas devem ser feitas por cada um de nós a cada dia. Assim como todos
devem ter tempo para se relacionarem e suprirem a sua expectativa, também
devemos estar revendo nossas atitudes em nossos relacionamentos. Assim como no
jogo “The Sims”, será que temos enchido as barrinhas do nosso relacionamento de
forma correta?
Mas,
mudando um pouco o foco agora, você percebeu que é possível cometer estes
mesmos erros em relação ao relacionamento com Deus? Percebeu que podemos
barganhar ou mesmo sermos egoístas com Deus? Nossa vida de relacionamento com
Deus pode estar muito boa ou pode estar um caos, dependendo de como temos
tentado suprir as expectativas de Deus em relação à nossa vida.
É
isso mesmo! Deus tem expectativas a respeito de cada um de nós. Ele não é
egoísta nem barganha conosco, mas está muito interessado em nossos problemas,
trabalho, namoro, noivado, faculdade, finanças, etc.
No
filme “Desafiando Gigantes”, no vestiário, enquanto o técnico está explicando a
nova filosofia do time em relação à Deus, um dos rapazes pergunta: “Deus está
interessado em football?” E o técnico responde de uma forma curiosa: “Se football
preenche seus pensamentos e você pode honrá-lo enquanto joga, Deus está
interessado em football, sim”.
Nosso
Deus é um Deus pessoal, que busca relacionamentos. Todos nós sabemos decorado o
texto de João 4.23 – “No entanto, está
chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão
o Pai em espírito e em verdade. São
estes os adoradores que o Pai procura.”
Uma
vida de relacionamentos é baseada na confiança. Assim como o casal de namorados
que vai depositando a confiança ma fidelidade um do outro. Como um filho que
confia nas palavras do seu pai. E como um irmão que não vai trair a confiança
no outro. Da mesma forma deve ser o relacionamento com Deus.
Quero
chamar a sua atenção para um detalhe curioso. Talvez você possa dizer que Deus
não tem falado com você apesar de sua vontade que isso aconteça. Mas, será que
você tem o desejo de realizar a vontade de Deus ou somente o desejo de saber
qual é esta vontade? Lembre-se que Deus não se revela aos curiosos. O curioso
não quer obedecer a vontade de Deus. Ele somente quer saber. É diferente
daquele que é obediente. Este que saber para realizar a vontade de seu Pai.
(Dê um coração a alguém que você ama)
Que
possamos entender que ganha muito mais aquele que divide
Que
possamos entender que os nossos relacionamentos nos tornam pessoas importantes para
aqueles com quem nos relacionamos
Que
possamos entender que Deus tem muito mais pra nos dar e ensinar quando
desejamos estar com ele para suprir as Suas expectativas em nossas vidas
Até
que venha Aquele que é perfeito e nos guarde em seu Reino
Pr. Sérgio Inojoza
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